5 de jul. de 2011

Diana Vreeland: A Diaba - Mor

Diana Vreeland foi um ícone da moda internacional, colunista e editora de duas das maiores revistas de moda: Vogue e Harper's Bazaar. Conhecida por sua criatividade ilimitada e seu forte temperamento e dizem, inspiração para O Diabo Veste Prada.

Nascida Diana Dalziel, filha de pai inglês e mãe norte-americana. De infância difícil, sendo cobrada e comparada pela mãe com a irmã pela falta de beleza física, casou-se em 1924 com o banqueiro Thomas Vreeland e com o início da Grande Depressão e a quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929 mudaram-se para Londres, onde ela começou um negócio de lingeries e manteve-se em contato com a sociedade inglesa, vivendo uma vida rodeada de luxos, ao lado de celebridades como Wallis Simpson, futura Duquesa de Windsor. Em 1926 Diana já vestia Chanel e viajava a Paris frequentemente.

Em 1937 voltou a Nova Yorque com o marido e começou sua carreira na moda como colunista da Harper's Bazaar, onde trabalharia durante 25 anos como editora de moda. Uma de suas mais célebres frases entre tantas tiradas que a tornaram uma lenda foi dita em 1946 após conhecer um dos exemplares do biquíni: " O biquíni foi a invenção mais importante deste século depois da bomba atômica".

1942

1946


1958

Chegou a revista Vogue em 1962 para assumir o cargo de editora-chefe e seu gosto virou lei: “A elegância está na mente. Si a tens, o resto vem sozinho”, dizia Vreeland. Revolucionou os métodos do jornalismo de moda, não apenas mostrando as novidades e tendências do setor mas apurando o senso crítico da profissão e do mercado, o que transformaria a Vogue na mais importante revista do mundo e hoje conhecida como a "Bíblia da Moda". Ficou famosa também pela criatividade mostrada em seus famosos editorias em parceria com o fotógrafo (então iniciante) Richard Avedon e por seu temperamento irrascível, que chegou a causar a demissão de uma funcionária por não gostar do barulho de seus saltos no chão da redação, o que, segundo ela, tirava a concentração do trabalho.
1966
 
1967


1968

Seu trabalho na Vogue imortalizou a figura de ícones da moda da época como Twiggy e Marisa Berenson e transformou em paradigmas de beleza mulheres consideradas visualmente “estranhas” como Barbra Streisand e Anjelica Huston, tudo a partir de um escritório pintado com paredes de vermelho vivo e almoçando diariamente um sanduíche de pasta de amendoim com uma dose de uísque. Uma de suas manias era de que suas assistentes mais próximas usassem bijuterias barulhentas e enormes, com guizos, para que ela sempre soubesse quando estavam por perto. 
 
Foi com Diana que a moda entrou nos museus a partir de 1971 quando iniciou suas atividades como consultora do Museu de Arte Moderna. Foi um gênio em atrair a atenção com seus looks excêntricos. Invejada, admirada e odiada, estilistas como Dior e Givenchy temiam suas opiniões. Seu poder e influência foi total durante quase 40 anos.
 

Morreu quase na pobreza em 1989, vivendo de maneira extremamente modesta por nunca ter se preocupado com o futuro, quase cega e passando seus últimos meses de vida em cima de uma cama, acompanhada apenas por seu grande amigo e discípulo, André Leon-Talley, atual editor adjunto da Vogue América, hoje comandada por uma de suas grandes admiradoras, Anna Wintour.

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